domingo, 9 de março de 2014

A Primavera


A luz pisca mas é um engano da mente, são os olhos que piscam enquanto a vida corre, o mar desmaia em suaves ondas ao meu redor e penso o porque de não querer escrever, será do tempo ou falta dele nas noites em claro que passo a olhar o vazio, saber não sei ou será que sei?
A luz machuca e a sombra atrai-me não por malícia ou desconforto apenas porque é segura e previsível, ao sol o perigo apronta-se e as miragens surgem. Há lugares na mente que nunca deveríamos visitar e consoante a previsibilidade dessas visitas o mar atrai-nos e a necessidade de o visitar pesa. Não importa o quão avassalador o momento é, a sombra está sempre lá como uma criança pequena a lembrar-nos de que não podemos fugir e a mascara cai sem intenção e desmancha-se a teatralidade.
O silêncio engole tudo.
O corpo quebra, a dor abre-se como uma rosa na primavera e as pétalas dançam com o som tamborilante das lágrimas que deviam pesar mas não pesam, porque não existem, a dor gelou o coração e nem a exaustão sentimentalista que é o simples fato de chorar lhe é permitido, porque a emoção foi-se, a mente desprovida de sensações adorna o conceito medonho que é viver.
A amedrontada criatura exalta-se e remexe-se no assento de pregos de que é feito os seus pensamentos e a falácia reduz lhe a alegria a migalhas pegajosas, não há nada que a reanime ou sol que aqueça ou vida que a faça respirar, tudo é negro, tudo é nada.
Até que tu vens, silencioso e preocupado com a ruga entre olhos que censura a minha atitude, silenciosamente levantas me e abraças-me na escuridão soltando pequenos sussurros que embora não os perceba claramente o carinho com que me cantas é inconfundível e a solidez do gelo decompõe-se e a primavera surge em mim e degelo corrompe-me e as lágrimas surgem, a criatura ganha vida numa cascata de baba e ranho sem futuro aparente mas tu não me abandonas e lá permaneces juntando os cacos do que resta de mim filtrando as lágrimas do meu rosto e aquecendo a minha vida.

Como é bom voltar a Primavera.




quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sussurro



E do nada se vive, como podre é a descrença em algo insólito ou revolto, como podre é a falsa propensão de se achar superior ao mais puro dos sentimentos, estúpida é a besta que assume que, por ser mau, poder obtém. Não passa de uma criança mimada, abismada com a fome da vida que se acha engraçada por fumar um cigarro queimado.

E assim como um monte de cravos pretos deixados sobre um moribundo sozinho numa capela em frente ao mar, se vai o carinho, a meiguice, enterrando tudo bem fundo onde nem as raízes da árvore mais forte alcançam. E lá vem o monte de punhais esfaquear-me, pôr-me os músculos à mostra e espicaçar-me, como se disso dependesse a sua vida. Ouço o sangue cair numa poça, o som é oco e gutural, raspando ao de leve o macabro. Mas nada sinto, nada causa reação em mim, e isso nem é bom nem mau, apenas seguro e frágil. Como as mãos de uma criança pende a minha sanidade que sem segredo ou pertença se autodestrói com ecos do passado, para alguns leves sussurros, para mim gritos cortantes como lâminas de um talho antigo a cortar os meus ouvidos.

Estou exausta, a força acabou, a pressão caiu, o mundo terminou e nem o sol da primavera me espevita. A compreensão abate-se sobre mim e a vitimização olha-me de soslaio como me convidando para um copo na taberna da escuridão. Aceito-o porque a bengala é resistente e facilmente se adapta ao aconchego dos ossos esburacados da minha alma. Mas corrói demasiado e quando penso que a taberna já não me abriga, as portas fecham-se e uma poeira de porcaria (intitulada por nome obscuro) encara-me e detém-se, como esperando que lute, que enfrente, que me esmurre até sair deste nojo que ali vive. Mas não me levanto! Anos a lutar não deram em nada, porque haveria de pôr mais farpas de madeira suja nas palmas das mãos que já nem sei se minhas são? Deito-me, aconchego-me à depressão é bom desistir de tudo, é bom morrer por dentro e nada sentir, apenas é incomodativo as lágrimas límpidas que caem dos olhos meus.

Suspiro e desisto do meu lado negativo, porque o morto na capela em frente ao mar merece carinho, nem que seja por mais um dia. Levanto-me, mas logo escorrego na gosma gordurenta que se encontra no chão. Perdi a noção do tempo que estive no repouso da estupidez, a poeira cola-se aos meus pés e de tão partida que estou, arrasto-me, porque a voz teimosa não se cala e manda-me continuar. Queixo-me, cortes profundos surgem sobre os braços, e quando finalmente à porta chego, a poeira enfrenta-me, mas eu apenas tomo o caminho mais longo, sentindo o espezinhamento cru dos olhares mesquinhos de quem me julga e não conhece. Abro as portas como se isso me fizesse viver e o sol ataca-me, como a realidade ataca após um sonho perfeito. Estendo-me sobre o chão, s feridas doem como se sal fosse posto sobre elas, os olhos ardem, eu choro e o sol ri, porque voltei a viver.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mistura de músicas


 
  Estava eu descansar num local de bonita visão quando sou assaltada por um pensamento extravagante e frustrado, esta música inicia a sua marcha por o meu cérebro a dentro sem permissão alguma, tocando em temas que a meses evito. O ser humano muitas vezes erra, e o que nos difere um dos outros é a maneira como emendamos esse erro, mas pior do isso é não admitir esse mesmo erro e santificar-se a si próprio em toda a sua existência mesmo (perdoem m a expressão ligeiramente forte) tendo sindo um pouco ou nada diabólica numa passagem antiga.
   Dias atrás disseram-me que a vida é injusta, mas ninguém considera ou reflete que todos somos injustos para a vida, quando esta não nos dá o que queremos, trapaceamos, insultamos, reclamamos, mas ninguém sabe o seu plano, e vejo me assim perdida numa outra musica, com ritmo diferente, que fez desta forma mudar o que penso, mudar o que acho importante, mudar de veneno para sabedoria impura que me trespassa as veias.
   Depois da tempestade vem a bonança, na minha opinião mais sincera, serei ser incompreensível por tal pensamento, mas eu cá prefiro a tempestade, a raiva e o ódio dominam-me, fazem-me sentir como que anestesiada, forte, poderosa capaz de enfrentar seres abomináveis que subsistem ao meu redor, que se apegam e não largam, que sugam a cor dos cabelos meus tornando-se grisalhos, que me roubam o sorriso que há muitos anos atras diziam ser bonito, vendem e revendem a tristeza que provocam, exibindo como se trofeus fossem de um campeonato há muito descreditado.
   Uma lagrima jorra com o fim da ultima musica, passeando sobre a face enroscando-se nos lábios que ao ouvirem o inicio da musica seguinte se entreabrem e relembram, a moça desajeitada e envergonhada, segurando um micro desajustado a situação, tentando cantarolar uma musica que cujo dono daquele coração mal tratado gostava, e assim sendo entre risos e voz tremida, la se conta e sente os bons momentos passados e tao raros daquela pequena moça, que voz não tinha para cantar.
   Lá vem a raiva, o odio, é bom ser mau por um momento, sozinho sem pessoas a volta, é bom, só há um senão, o raio da consciência persegue-nos, podia se distrair com alguma montra de bem-feitores e dar-nos descanso, mas não, esta sempre atras de um arbusto pronta a atacar, mas nem misericórdia tem, em vez de intervir antes de pensarmos em algo que não devemos, deixa-nos rejubilar com a sensação de sermos agressivos, mesmo que apenas em pensamento, para de depois de dar ao prazer de nos apanhar pela situação caricata do erro, amedrontada consciência não pudemos viver sem ela, mas não deixa de ser demasiado chata, faz-me lembrar não sei quem.
   Do nada e sem aviso aparente surge uma rapariga com os seus 8 anos, cabelos longos, com uma camisola de lã esbranquiçada, e uma saia axadrezada vermelha e preta, anda aos saltos parecendo um canguru, de repente pára como se a chamassem, apenas para o sentir o vento na face, os cabelos castanhos esvoaçam, e ela sorri de olhos fechados, descalça os sapatos pretos, mas com cuidado, mostrando preocupação por aquele objeto, corre esticando os braços imitando o som de um avião, parecendo uma maluquinha, mas contudo é livre, feliz, alegre. A inveja ataca-me, como queria eu ser aquela rapariga despreocupada, a responsabilidade pesa tanto, envelhece-nos, torna-nos seres incompreensíveis para aqueles que vivem a idade da inocência. Quero ser criança outra vez, não percebia metade das coisas e algo simples faziam-me sorrir, não era preciso um esforço demasiado grande todos os dias, para apenas esboçar um leve sorriso. Talvez aprenda a sorrir com outras coisas. (a musica termina) 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Breather


É quando se esconde uma lágrima por entre tantas que frustradas se escondem, que se sente o tamanho da dor, pendente da ferida aberta que brota do coração melindrado sem cura, ou com cura demasiado longínqua, situada além da fronteira da cidade. A garganta fecha consumida com a sensação de desamparo existente da falta continua ao longo dos anos. O chuveiro flui sofre o meu corpo gelado, a água queima em contacto com a minha pele, frágil de extrema sensibilidade, e nesse tempo precioso as lágrimas deslizam misturando-se com a água que acaricia a pele, o choro esquece a desonra, perde-se na mágoa, mistura-se com a água doce que advêm do chuveiro, sem consentimento meu misturando-se numa cascata imaginaria que me faz sentir frágil perante olhares inexistentes.
Sem querer ver ou esperar na encruzilhada dos pensamentos a casa fica vazia e nos segundos que antecedem o ligar ao dono do meu coração a fim de chacinar as saudades que tanto me perturbam, ou falar com os amigos sobre uma saída passada, a atracção ao solo intensifica-se, como um hímen camuflado que na realidade existe, caio sobre o chão, os soluços apoderam-se do meu peito e voz, sem qualquer autorização ou pedido justificado por requerimento emocional. As lágrimas soltam-se como um louco fugido da prisão. Derramam-se sobre os tacos gastos pelo tempo da casa que não reconheço como minha, escurecendo as zonas onde a água salgada emudece.
A dor pesa pressiona-me o corpo, torna-se física, a respiração cessa como se o mundo ficasse sem ar, num segundo de loucura inesperada, um sistema de defesa há muito banido por descontrolo desmedido, acciona porque as circunstancias assim o exigem, o tempo pára, os relógios formam estátuas, a dor paralisa, a gravidade não existe mais, mas algo se passa, algo horrível se passa e eu não sei o que é, caminho até porta, com passos pesados, o silêncio é a única coisa que pesa um grito abafado trespassa me o peito, sobre os meus pés uma guerra rebenta, algumas das pessoas que mais amo deitados sem vida sobre um chão que não conheço, amigos lutam ao longe, fora do meu alcance como que se fosse a última batalha que travassem, corro mas não saiu do mesmo sitio como um pesadelo, o meu olhar é atraído para uma área especifica no meio do caos, a pessoa que mais amo deitado sobre o chão sem vida, os meus joelhos dobram-se sobre si, berros rompem da minha garganta como se fossem punhais, as veias dilatam sobre a pressão que exerço sobre mim os meus braços rodeiam quem é dono de mim, grito para que me leve também a pulsação aumenta o limite está a ser atingido, estou prestes a ceder, a minha mente não aguenta mais grito como um mudo gritaria se ganha-se voz.
Tudo pára.
Ouve-se o tictac dos relógios ao fundo, uma névoa difusa evapora-se aos poucos, vejo um tecto, as minhas mãos ainda tremem, as lágrimas ainda estão húmidas nas maças do rosto, o peito não dói mais, o choro cessou, tudo não passara de um sonho, tudo está bem. E no meio da estupidez da cena uma gargalhada solta-se, tudo está bem, tudo, agora vejo que são meros problemas que me assolam a mente, tudo pode ser resolvido, uma sensação de alivio apodera-se de mim, levanto me, lavo a face e os olhos magoados, respiro uma e outra vez fundo e ligo aos meus amigos, como se nada se tivesse passado, com um novo animo e pensado na sorte que tenho em ainda te ter.

Vera Silva

domingo, 28 de agosto de 2011

Dancing


E se numa dança pudesse demonstrar o que sinto seria raiva, amor ou esperança, uma dança de espadas recaídas numa atitude defensiva, tornando-me numa pessoa rabugenta e difícil, com passos cautelosos, ou passos apaixonados e intensos transmitindo o sentimento duplamente forte num contraste de atitude sublime, que enfatiza o ser mais neutral da história.

E se entre os rodopios da dança, lágrimas fossem esquecidas por entre os passos descoordenados que formam uma bonita coreografia, quem se sentaria na bancada feita de pedra e cal, para se dar ao trabalho de observar aqueles passos desnecessários incapazes de deslumbrar, apenas de sentir.

A dança estende-se com passos mais fortes e rápidos como se os golpes de dor me atingissem sempre que tocasse o chão, alguém ri á socapa, sem querer saber do que sinto, rindo do meu pesar, gargalhando da minha dor, troçando das minhas falhas gritando que não conseguirei…

 O sentimento de raiva preenche-me sentido a familiaridade da voz os movimentos alteram-se o corpo desdobra-se sem ordem do meu consciente, a paixão de cada passo intensifica-se, a musica altera, um sorriso forma-se na minha face, danço com vida, como se fosse a minha ultima dança como se tudo a minha volta fosse o palco, como se fosse o palanque da minha vida, como se tudo se resumisse a isso, a movimentos de diferentes partes do corpo, como se cada movimento bem executado fosse uma vitoria na vida real, o suor preenche me a face comprovando o meu esforço, a voz a criticar silencia não tendo voz altiva de dizer seja o que for, os músculos estão doloridos do esforço, mas é uma dor que me completa que me dá animo, mas as forças abandonam-me como que dizendo que o limite foi atingido, mas eu não quero parar não sendo isto que me mantém viva, e se parar afim descansar como poderei eu saber que terei forças para recomeçar…

 Num suspiro longo, as forças desaparecem por fim, sem aviso prévio ou explicação, o meu corpo tomba sobre o chão, exausto e realizado, tudo terminou tudo parou, as lágrimas surgem, como se uma derrota se tratasse, o ar deixou de circular dentro de mim, o batimento cardíaco cessou. É uma questão de tempo até que tudo desapareça e não de uma memoria apagada… e quando estou prestes a desistir de lutar pela vida, palmas se ouvem da bancada de pedra e cal, na qual apenas olhei uma vez, e apenas vi a única pessoa que me criticava, não vendo quem ao lado se sentava, quem agora batia palmas, quem agora gritava pelo meu nome, quem agora me dava os parabéns, quem esteve sempre lá a apoiar-me e eu simplesmente não via, cega estive este tempo todo, nunca estive sozinha, apenas não via quem me rodeava… a vida flui em mim de novo, a plateia aproxima-se erguendo-me do chão, dando-me o palco para que rodopie de novo, mostrando ao homem que me criticava quem sou, que nada do que ele me diga me atinge, que sou capaz de muito mais, e que tudo o que ele faça para me rebaixar apenas terá o efeito contrario, pois não estou sozinha…

sábado, 6 de agosto de 2011

Pesadelos que viram sonhos


A vida flui com sentido e norte, mas a realização embrenha-se numa espiral mortífera de desapontamento, sinto-me cansada sem forças, a vida já não flui em mim, abandona-me enquanto me desmorono sem aviso prévio ou informação meteorológica sobre o furacão de navalhas que se forma em parte incerta dentro de mim. As lágrimas escorregam sem consentimento dos olhos meus, a visão turva-se e os olhos fecham, como fechando a porta ao que me rodeia.
Adormeço quando menos espero, e o sonho prega-me partidas como se as partidas da vida não chegassem, o corpo cai sem folgo ou ar num abismo de dor e mágoa, a culpa pesa-me e quase me esmaga, o som das vozes a julgar-me pressiona-me no vazio, ouvindo-se cada vez mais alto, o som de derrota que embala a dor no meu peito, as lágrimas formam poças no chão gélido. A vida abandona-me aos poucos, fico feliz, é o melhor final que naquele momento imagino, o fim de tudo é agradável, não alcançarei a felicidade mas ao menos a dor não me pressiona mais.
As mãos tremem como se de frio sofressem mas nem a simples sensação de frio tenho direito, tudo é nulo, não existe cor apenas formas. Está quase a acabar nada existirá depois disto, talvez vá nascer de novo e recomeçar tudo de novo, talvez, tudo é possível.
Mas quando estou preste a dar o último suspiro, algo muda, um rasgo de luz choca-me a visão, algo quente me envolve, aconchegando a algo familiar, és tu, vieste por mim, vieste secar as lágrimas intermináveis, vieste vaporizar a solidão, vieste afastar a magoa dos pensamentos com palavras doces e fazer-me cócegas com a barba no pescoço, aqueces me o coração que julgava perdido, vieste dar cor ao que me rodeia, dando me força para enfrentar o fracasso és tu, que sem me julgar ou criticar me amas com todos os meus defeitos, e mesmo assim duvidas da importância que tens para mim. És o meu amparo, a minha alma gémea, que sabe o que me dizer na altura devida as palavras que preciso, que sabe o que fazer quando estou nervosa, que sabe o que preciso quando estou carente, que me compreende quando digo algo inadequado á situação, que sabe o porquê de um momento para outro numa conversa banal os meus olhos se encherem de lágrimas.
Quero te fazer feliz todos os dias da tua vida quero te fazer sorrir todos os dias da tua existência, que apenas chores de alegria, que te apoies na pessoa que te ama profundamente e que daria a vida por ti, que te dá na cabeça quando precisas mas que o faz sempre para o teu bem. Amo-te pelo que és, pela forma como sorris, da maneira que te ris das minhas piadas, de como me ouves a falar de twilight mesmo achando-os homossexuais, de como semicerras os olhos quando estas alegre ou o sol te apanha desprevenido, de como devoras frango, ou a salada temperada a teu gosto, de como não me olhas nos olhos quando me estas a esconder algo ou a preparar uma surpresa, de como ficas pensativo e preocupado comigo mas não o demonstras apenas para não me afligir. Como poderia eu não te amar? És mais do que imaginei, e ultrapassas o que eu pedi, amo-te profundamente e iremos ultrapassar as saudades e a distância meu amor. Nunca duvides disso.
O sonha acaba é de dia, e levanto-me na esperança de ter nos meus braços por um momento que seja. Pois existem pesadelos que viram sonhos e sonhos que viram realidade.
Vera Silva

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pensamento criticável

O poder que preenche as veias envenena-te a alma com um sorriso malicioso sem querer saber se te importas ou não. A fúria consome os teus desejos e és inofensiva perante tal inimigo aliado, que se ri á socapa das tuas desventuras aventuradas, sem compreender o estratagema da estrutura física subentendida nas linhas do destino, sem compreender a existência das falácias presumíveis do teor contraditório que é a vida.


E vê se aqui alguém perdido na incompreensão da salgalhada que é a minha escrita opinando sobre aquilo que não compreende e nem sente podendo ou não gostar do que aparento escrever, dando por vezes (alguns) palpites dignos de animais irracionais e sem um pingo de decência, nesse organismo grotesco que habita um amontoado de ossos pegajosos falantes. Desculpa os termos utilizados, mas a informalidade abunda no teor da carnificina quando este não é exposto na forma devida.

A liberdade de expressão é uma bênção dos céus que quando mal utilizada desabrocha numa cruel e efémero prazer de criticar na ignorância do seu ser, o objecto de um sentimento que não poderá compreender por ser demasiado hipócrita, e se me permite o termo, um asno com voz de homem, ou fotocópia de homem porque nem de homem é lhe possível chamar. É fácil ridicularizar algo, quando não se tem nada a apresentar ou a dar á sua volta, acha-se por si só o melhor do mundo e não passa de um indivíduo com demasiado tempo livre e desequilibrado intelectualmente e sentimentalmente que possivelmente passa os dias a criticar tudo o que seja superior a ele que neste caso é quase tudo, talvez por acaso assim só de passagem seja superior a um monte acabado de defecar de derivados fisiológicos… mas pensado bem… esse mesmo monte servirá em alguma altura para fertilização de um solo qualquer, e esse mesmo individuo de tão tóxico e impróprio para a saúde pública nem para esse efeito serve.

Quando a vós criaturas obscenas vos subir um arrepiozinho pelo rabo a cima que por conseguinte vos dê uma vontade louca de criticar de forma animalesca tudo a vossa volta, experimentem o seguinte, encham a banheira de água mergulhem a cabeça mantendo-a lá, e contem de forma pausada até 38573634254, vão ver que a vontade passa, mas como devemos poupar a água nesta altura do ano, que tal mergulhar numa fossa e passar lá o mês.

Deixem de ser crianças intoleráveis, as vossas mães não vos aturam por algum motivo. E só paro que conste eu aceito criticas construtivas e chego mesmo a publicar, não aceito infantilidades vossas.

Outra coisa antes que me esqueça, escusam de tentar comentar, os vossos comentários não irá aparecer o blog sem minha supervisão.



Com os melhores bofetões e inexistência de respeito.



Speak to the hand